SÃO PAULO – Após falar mais cedo com jornalistas, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, voltou a responder perguntas de repórteres nesta terça-feira (20) sobre o apagão ocorrido ontem em pelo menos 11 estados. Segundo ele, o sistema brasileiro é robusto e seguro, mas pode “sofrer intercorrências”.
A “solução” encontrada pelo ministro para resolver o problema, porém, foi um pouco inusitada. Segundo ele, é preciso contar com Deus para que haja mais chuvas, o que ajudaria a recuperar os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, garantindo mais tranquilidade no fornecimento. “Deus é brasileiro. Temos que contar que ele vai trazer um pouco de umidade e chuva para que possamos ter mais tranquilidade ainda”, disse ele, em tom de brincadeira.
O ministro disse que “algumas unidades foram desligadas para proteção da frequência” e que as “usinas desligadas serão alvo de investigação”. Como disse mais cedo, Braga reforçou a ideia de que o que ocorreu não foi falta de geração de energia e sim uma sequência de desligamentos do sistema.
De acordo com ele, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já tomou as medidas para reforçar a geração de energia e que essas medidas, juntas, irão adicionar 1.500 MW ao sistema. Braga ainda afirmou que o ministério está acelerando o retorno dos equipamentos das térmicas em manutenção. Ele ainda afirmou que as ações preparadas pelo ONS têm como principal objetivo reforçar a energia na Região Sudeste. O ministro destacou que o sistema está preparado para atender a picos de demanda de energia em todas as regiões do País.
Entre as medidas anunciadas está o reforço na produção e transferência de 300 MW de energia da usina de Itaipu para o sistema. Braga disse ainda que a abertura da ligação entre as regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste vai adicionar 400 MW ao sistema. A ressincronização da usina de Angra 1 vai proporcionar um adicional entre 100 MW e 200 MW.