SÃO PAULO – Passado o clima de calmaria das festas de fim de ano, a agenda da primeira semana de 2016 marca a divulgação de um turbilhão de indicadores macroeconômicos ao redor do mundo. No Brasil, após eventos políticos no apagar das luzes do ano anterior, o mercado aguarda pelos números consolidados da inflação acumulada, da balança comercial, do emprego e dos setores industrial e de serviços. Também será possível ter informações mais precisas sobre o tamanho da recessão de 2015, com os dados do IBC-Br, conhecido como uma espécie de prévia do PIB.
Para a equipe de análise do Bradesco, o destaque nacional fica com o IPCA de dezembro e anual, marcado para sair na sexta-feira (8), às 9h (horário de Brasília), e com o resultado da diferença entre importações e exportações realizadas pelo Brasil ao longo de 2015. As expectativas dos analistas do banco são de que o índice inflacionário apresente alta de 1,05% no mês, com aceleração decorrente da pressão vinda dos preços de alimentação e serviços. Já para a balança comercial, espera-se saldo positivo de US$ 3,4 bilhões em dezembro, trazendo superávit de US$ 16,8 bilhões no ano.
Mas não é só por aqui que a vida dos investidores volta ao ritmo normal a partir da semana que vem. O ano econômico no exterior começa na própria noite de domingo (3), quando o Markit apresentará o resultado do PMI industrial chinês referente ao mês de dezembro — o de serviços será apresentado um dia depois. Dados de produção dos setores secundário e terciário também serão apresentados no Brasil, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e na zona do Euro.
Na maior economia do mundo, vale atenção à ata da última reunião do Fomc, que subiu os juros pela primeira vez em nove anos. O relatório poderá indicar com maior precisão a percepção dos membros votantes do Federal Reserve sobre a recuperação americana — o que se mostra vital para o entendimento da velocidade em que a retomada dos juros se dará. O documento será apresentado ao mercado às 17h (horário de Brasília) da quinta-feira (7). Ainda por lá, também ganham destaque os dados do relatório do emprego na sexta-feira.
Por fim, na Europa, além dos PMIs espalhados pelo continente, os investidores devem observar a taxa de desemprego na Alemanha, o índice de preços ao consumidor da zona do Euro, a produção industrial e o desempenho da conta corrente alemã. São muitos indicadores, que farão o mercado voltar ao ritmo frenético de sempre. Para conferir com detalhes a agenda econômica da semana que vem, clique aqui.